26.11.07

Domingo

Metade de um mundo perfeito:
a água escorre suja embaixo dos meus pés,
o esmalte sempre tão velho; meia unha já se vê de cor de unha, carne desbotada, meia lua, no céu o Cristo.
De todos os lugares, as mesmas montanhas: metade de um mundo perfeito.
A mesma gata busca com as orelhas meu carinho, o mesmo gato ilumina o quarto com os olhos amarelos: os mesmos pêlos no lençol, eu desperdiço ainda o tempo.
Escorre, escorre, escorre.
As palavras fora de controle: escorrem, escorrem, escorrem; as músicas sempre tão tristes.