24.4.06

vampiro

Uma pêra boiando numa bacia;
o mar que vai subindo, subindo até a janela do décimo andar.
Ou é Copacabana que desce?
O Rio...
De água, meu peito;
esta noite eu escrevi muitas coisas bonitas enquanto dormia, tentava dormir.
Meu corpo não se ajusta a cama nenhuma,
e o tempo passa. Vê?
Mais devagar, sem ninguém aqui.
Eu preciso estar inteira nas pontas dos meus dedos, sangue e alma,
sangue e alma,
sangue e alma,
perdi um e outra por aí,
acho que ficaram em Paris, numa tarde de abril.
Numa tarde específica de abril.
Eu queria conseguir perder fotografias,
perder o que eu escrevi,
perder o que eu já fui.

Estudos sobre corpo e conteúdo -
Os dois
se ajustaram
em qualquer coisa,
encaixe asséptico.
Ela pede - Vamos fingir que nos amamos?
E ele ri - De novo?
Esquece, você finge tão mal, tão mal. E eu, ah, nem me dou ao trabalho.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isso torna-se quase que como um Nada- falo do comentário: fica assim meio flácido. - Pede-se um quorum; obeso, please.
E, acho, que esse não passa.
Gostei, - do texto:...

12:15 da manhã  

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