25.11.06

solar

De descascar, desmontar bonecas russas, abrir pacotes de presente.
De chegar ao fundo;
flor que desabrocha depois de anos,
árvore de lichia. Ela me contou.
É que faltava esse raio de sol,
esse passeio ao domingo,
uma certa dose de cafonice,
uma garrafinha de guaraná.

(Já ouvi que a alegria mata a beleza; então escolho a mais intensa das batalhas, estendo os braços, vôo.)

Como um suspiro, um achado, um passo
de tango
de samba
de bossa,
te concedo esta dança. Te convido pra dançar.

Da janela, não é a estátua de braços abertos
que encerra em si uma caverna escura;
é o céu azul,
essa árvores cheias de flores amarelas,
o mundo em branco,
que vêm me abençoar.


1 Comments:

Blogger Alice Sant'Anna said...

como você escreve, ligia!

buscou o livro?

9:53 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home