18.9.06

don't be mean

Benjamim,
Eu não vou falar disso, não.
Que te importam as escadas e as ruas molhadas? Eu sempre falo delas, acho que espero que elas te tragam pra mim: quando sou eu que vou embora.
Don't be mean, Benjamim.
Você é que esqueceu de trancar a porta. E o olho mágico nunca é usado. E sempre tem um objeto cuidadosamente esquecido por aí.
Benjamim, teu telefone tá tocando. Atende que esse barulho me irrita tanto quanto a calma do teu alô.
Eu demoro umas três horas ainda pra ir embora, Benjamim. Tira os sapatos, fica tranqüilo: é sempre assim.
Sempre assim, Benjamim.
Mais um texto pouco específico (a não ser pelo teu nome). Mais um dia inespecífico. Don't be mean.
Não corre.

Minhas sandálias são de borracha e eu não escorrego.
Caminhemos juntos e tranqüilos rumo ao desastre.


5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

dá até pra assobiar, de tão musical.

11:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Jornalista: Caetano, então?, o que achou da interpretação dada à sua música, pela banca da UFBA;
Caetano Veloso: Nem eu mesmo sei o que eu queria dizer, quando fiz a música, quem dirá os alunos. O que posso dizer é que não concordo com o gabarito da prova.
Tudo isto para dizer -, em minha interpretação, o texto : é começo de alguma coisa, - que eu não sei.
Mas, há que se admitir: ele soa.

12:24 da manhã  
Blogger Alice Sant'Anna said...

os meus comentários são sempre iguais, mas é que eu preciso dizer: isso tá sensacional!
especialmente o telefone e a calma do alô. don´t be mean, ligia dê.
um beijo

12:46 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

na volta, vc me leva de carro?

5:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

benjamim, você não é o benjamim.

4:15 da manhã  

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