sem artifícios,
o dia acordou mais cedo, no vento do ventilador,
o carnaval acabou.
O sol ainda queimava e as horas ardiam,
e o carnaval acabou.
Ele foi embora.
As ruas ainda cheiravam a cerveja e a suor e uma marchinha falava de alegria e o carnaval, não existe nada mais triste; o carnaval acabou, em uma despedida feita de dois telefonemas rápidos, uma morte distante, meia dúzia de cidades, nenhuma palavra de amor.
(Mas elas grudam como purpurina, como estrelinhas brilhantes e coloridas, na pele, no cabelo, na vista, dizendo que o carnaval é o que há de mais alegre, mais triste, que o carnaval acabou.)
Me sentei na primeira calçada, na primeira esquina, orelhas de gato, silêncio nas mãos, confetes na alma, a alma rasgada, os casais nas varandas, o bloco na rua, que rua?, que rua?, que rua?
o carnaval acabou.
O sol ainda queimava e as horas ardiam,
e o carnaval acabou.
Ele foi embora.
As ruas ainda cheiravam a cerveja e a suor e uma marchinha falava de alegria e o carnaval, não existe nada mais triste; o carnaval acabou, em uma despedida feita de dois telefonemas rápidos, uma morte distante, meia dúzia de cidades, nenhuma palavra de amor.
(Mas elas grudam como purpurina, como estrelinhas brilhantes e coloridas, na pele, no cabelo, na vista, dizendo que o carnaval é o que há de mais alegre, mais triste, que o carnaval acabou.)
Me sentei na primeira calçada, na primeira esquina, orelhas de gato, silêncio nas mãos, confetes na alma, a alma rasgada, os casais nas varandas, o bloco na rua, que rua?, que rua?, que rua?